Hábito
Não raras vezes nos deparamos com pessoas que conseguem se livrar de hábitos deletérios e negativos, tais como vícios em cigarro, em comida, em relações amorosas de aprisionamento, etc.
A pergunta é: se tais pessoas estavam presas a determinadas situações há tanto tempo, como conseguiram mudar de forma tão drástica seus comportamentos?
A resposta pode parecer algo simples, mas que esconde uma complexidade assustadora quando analisamos o seu poder: O HÁBITO.
O hábito nada mais é que a reiteração de um comportamento por um determinado tempo no intuito de que ele se torne algo leve, prazeroso, comum, usual, básico e porque não, essencial… E o que esse papo todo tem a ver como o nosso estudo para concurso? TUDO, meus amigos.
Ao longo da nossa caminhada de estudantes, reiteramos práticas inadequadas que se tornam hábitos deletérios, tais como: estudar de véspera, não trabalhar com revisões sistemáticas, não investir na saúde da nossa mente, alimentar a ansiedade, o estresse e a falta de concentração em todas as etapas em que tivemos contato com provas e seleções.
Pois bem. Hoje somos o produto de todas essas reiterações.
Foram anos investindo em práticas que pouco ou nada ajudam o nosso atual cenário de concurseiros. A boa notícia nisso tudo?
Assim como a repetição de práticas prejudiciais e contraproducentes tem o poder de viciar a nossa mente em hábitos negativos, a prática a longo prazo de novas atividades que estimulam o bom aprendizado, a concentração por longas horas, a memorização definitiva e a atenção monocentrada consegue criar NOVOS HÁBITOS, vícios positivos que substituem os anteriores.
Por isso, ao que se acham “indisciplinados, desconcentrados, ansiosos, pessimistas, etc”, saibam: ninguém é nada nessa vida.
mas assim como os primeiros km da corrida, o corpo parece que vai se acostumando. O segredo? Anotem e não esqueçam: CONSTÂNCIA. Não é preciso estudar o dia todo. É preciso estudar todo dia. Não precisa bater as 8h. É preciso bater os 8 meses (e por aí vai). Sem parar. Sem oscilar. Todo dia. Todo dia. O resultado disso tudo?
O aparecimento de alguém que talvez vocês ainda não conheçam, o seu eu capacitado, viciado e apaixonado por aquilo que faz diariamente, seguro, assustado muitas vezes com o que se tornou de forma tão rápida (“eu estou mesmo correndo 42km?”, “eu estou mesmo numa prova oral da DPU. Será que não erraram?”) e, melhor, LOUCO para descobrir os seus próximos limites, que não mais existem quando nos rendemos ao PODER DO HÁBITO.
É isso pessoal. Espero ter ajudado e não esqueçam: NÃO/NUNCA/JAMAIS parem!! Deixem o hábito fazer acontecer.
PS: Quem quiser se aprofundar no assunto, indico o incrível livro: O PODER DO HÁBITO, do sensacional e único Charles Duhigg.
Por @fernandaevlaine